Belém, além de ser a cidade onde Cristo nasceu e a capital do Estado do Pará, é também um bairro de Lisboa. É onde encontra-se a famosa Torre de Belém (que deu nome a um azeite consumido ai no Brasil), o Convento dos Jerónimos e o Padrão (padrão é o mesmo que monumento) dos descobridores, e o estádio do Belenenses. (depois falo deles).
Só que além desses monumentos e locais históricos, Belém tem um outro atrativo histórico/culinário: os famosos Pastéis de Belém.
Se está pensando naqueles horríveis doces que são vendidos no Habib’s e que vem no kit box que compramos no estádio do Morumbi, e que eu particularmente nunca consegui comer, esqueça!!!!
Primeiramente, o Habib’s deveria ter vergonha de usar o nome Pastéis de Belém para aquelas coisas que vendem(isso mesmo, a partir de agora aqueles doces do Habib’s não tem mais nome para mim, vou chamá-los de aquela coisa). Os Pastéis de Belém são únicos, com uma receita mais do que secular e que são vendidos única e exclusivamente em uma pastelaria no bairro de Belém (dai no nome.....dãããã), que foi fundada em 1837.
Mesmo aqui em Portugal as demais pastelarias (o mesmo que lanchonete) que vendem doces similares não utilizam o nome Pastel de Belém, referem-se ao doce que fazem como Pastel de Nata.
Eu nem ia parar para comer o doce (devido à má impressão - má não, péssima!!!! - que sempre tive daqueles coisas), mas quando se está em Belém e não experimentar o Pastel de Belém, é o mesmo que ir à Roma e não ver o Papa, então resolvi experimentá-lo.
Na fila para ser atendido já percebi que havia algo naqueles doces, pois as pessoas compravam de dúzias para levar para casa e cada um que pedia no balcão para comer ali mesmo, pedia no mínimo 02 pastéis.
As fornadas saem uma atrás da outra e a cada fornada que sai do fundo da pastelaria para o atendimento são mais ou menos 150 pastéis e, sem exagero, não duram 10 minutos ali parados.
E assim, experimentei-o-o.
Só tenho a dizer que a experiência foi divina!!! Que doce!!!! Que delícia!!! Muito bom mesmo!!!!
Comi uns quentinhos, acabados de sair do forno e pode-se comer eles simples ou pedir para colocar canela com açúcar por cima, só canela, ou ainda, só açúcar.
A casca dele é bem fina, desmancha facilmente quando é mordido e o recheio é assim, putz!, como vou explicar? Não consigo explicar.Faz o seguinte: experimente.
Mas sinto dizer: a receita é guardada a sete chaves e qualquer outro doce similar é uma tentativa de se chegar à receita original. Eu mesmo experimentei outros por aqui e são tão ruins quanto aquela coisa que o Habib’s vende.
Desta forma, só tem um meio de experimentar: Indo à Belém e procurando essa pastelaria(a da foto lá em cima)!!! É só chegar aqui e perguntar, todos sabem apontar onde fica.
Ah...Desculpem-me se os deixei com água na boca...rsrsrsr
Beijos
1 comentário:
Fiquei mesmo com água na boca, em especial depois de ter ido experimentar "aquelas coisas" que se vendem no Habib's e nem deveriam usar o nome que lhes deram e que eu nem me atrevo a pronunciar, pois seria uma blasfémia. Na verdade Pastel de Belém, com aquele gostinho especial, só mesmo em Lisboa, e que saudades que tenho deles! Quem os prova não consegue comer só um, sente vontade de comer mais...
Mas, até entre os pastéis de nata ruins se conseguem encontrar coisas melhores que "aquelas coisas". Quem diria que o dono do Habib's nasceu em Portugal e vende aquela porcaria numa cadeia de restaurantes com nome árabe!!!
Já agora, Padrão não significa monumento mas é sim a designação dos marcos que eram colocados pelos navegadores portugueses ao longo das novas terras que iam descobrindo:
http://bp1.blogger.com/_qsDSdIcJC78/RlyR4hGlqzI/AAAAAAAAAS8/rBpOuKY2sLo/s400/1%C2%BA+padr%C3%A3o+diogo+cao+costa+africana.jpg
e:
http://2.bp.blogspot.com/_luV-aeECZbY/TPud8aSHEkI/AAAAAAAAD8w/kM1RTMra_20/S280/AY%2525A3o_de_Santa_Maria%25252C_de_Diogo_C%2525C3%2525A3o%25252C_clich%2525C3%2525A9_de_um_sargento_canhoneiro_Cuanza%25252C_fotos_para_a_exposi%2525C3%2525A7%2525C3%2525A3o_colonial_portuguesa_%2525281934%252529%2B%25281%2529.jpg
O Padrão dos Descobrimentos tem esse nome em homenagem aos descobridores portugueses e aos marcos de pedra colocados por eles ao redor do planeta.
G. Bruno
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