The End

"Tudo que é bom sempre acaba", velho ditado.

Mas prefiro pensar que não acabou, que foi somente uma pausa (espero que pequena) e que em breve possa "cair no mundo" novamente.

Aqui, depois de 60 e tantas postagens, acho que umas 400 fotos(imaginem quantas ainda tenho comigo), uns 10 vídeos, muitos comentários (boa parte inútil, hahahahahhaha)nos quais tentei passar alguma coisa dessa viagem (espero que tenha conseguido), me despeço, deixando um grande beijo e abraço a todos e quem sabe os locais aqui visitados e comentários realizados sirvam de informação e, principalmente de motivação e inspiração para muita gente.

Quem ainda não viu nada, não esqueça de que o mais interessante é começar a olhar lá de baixo aqui para cima, que está em uma sequencia cronológica de uns 95%.

Aqui aproveito e deixo um abraço a todos que anonimamente participaram desta viagem, em especial a 02 chineses(Wen Zhinei e Fang Shuo) gente boa pra caramba que conheci na Espanha e ao Sr. Burgos lá de Durango que me apresentou lugares nota 10.

Ah.... quando forem para esses lado e quiserem um guia, é só pagarem as passagens e despesas que estou dentro.


Beijos e Tchaaaaaaaaaaaaaaaaaaaauuu!!!!!!!!!

A principal atração/motivo da viagem

Nesta viagem tive a oportunidade de conhecer países, províncias, inúmeras cidades, vilas, monumentos, castelos, pontes, museus, catedrais, igrejas, mosteiros, praias, montanhas, lagos, rias, enseadas, mirantes, palácios.

Ainda, estive do deserto a picos nevados, andei de camelo, bicicleta, bondes, funiculares e desci monatanhas. Visitei bibliotecas, universidades, praças, parques. Conheci inúmeras pessoas e fiz amigos. Conheci novas culturas e comportamentos. Até aposta em casino fiz. Ou seja, é mais fácil falar o que não fiz.

Foi uma viagem que jamais esquecerei.

No entanto nada disso foi mais gratificante do que ter a oportunidade de matar saudades (pelo menos um pouco deu).

Esclarecendo:

O que me levou, principalmente, a atravessar o oceano e embarcar nessa viagem foi a vontade de rever uma pessoa muito especial(15 anos sem vê-la) e de quem as saudades estavam me consumindo.

A saudade de sua alegria, de seu sorriso, de sua inteligência, e, principalmente de nossas conversas já há muito me incomodavam e como não aguentei mais e tive que atenuá-las.

Estou falando da minha ex-cunhada, que nunca foi uma cunhada para mim , e sempre minha irmã mais velha, participando da minha vida diretamente de quando eu tinha 06 aos 15 anos de idade e que muito marcou a minha formação, sendo um exemplo de pessoa a ser seguido.

O melhor de tudo, além de ser recebido de braços abertos, foi sentir a reciprocidade de sua parte e saber que o passar de 15 longos anos não apagou tudo o que foi construído em quase 10 anos de convívio direto e que continuamos mais do que nunca irmãos.

Ainda, fiquei muito feliz pro descobrir a linda família que tem e que os seus entes me receberam com os mesmos sentimentos que ela nutre por mim. (seu marido Élcio (nota 10!! não, nota 1000! e sua filha Marina).

Nenhuma montanha, cidade, paisagem, monumento foi melhor do que a oportunidade de revê-la e de nossas conversas ao final do dia em sua casa(enquanto estava lá) , sendo isso a melhor parte da viagem, me fazendo rememorar milhões de passagens em minha vida.

A principal atração desta viagem encontra-se na Vila Das Gaieiras em Óbidos, Portugal e responde pelo nome de Lilia (a moça da foto lá em cima). Feliz daquele que tem a oportunidade de conhecê-la.

Lilia, um enorme beijo para vc, obrigado por tudo e TE AMO DEMAIS!!!!!!!

Ps: não vou aguentar ficar mais 15 anos sem te ver. Olha lá, hein!!!!

Os doces portugueses

Durante a viagem, nada falei de gastronomia ou culinária, sempre falando das cidades e de seus pontos turísticos/culturais/históricos, comentando somente dos famosos pastéis de Belém.

Comi muita coisa diferente tanto em Portugal, Marrocos e Espanha, precisaria, talvez, de um outro blog só para falar disso, mas ai também já é demais.

No entanto, agora em fim de viagem vou abrir uma exceção e comentar sobre os doces portugueses.

Foi um verdadeiro banquete de doces Portugal afora e adentro. As pastelarias(como se fossem cafeterias ou lanchonestes) estão em todas as cidades e em todas as esquinas. E tem doce que não acaba mais.

Me fartei de doces: Pastéis de Belém (lógico), queijadinha, sonho de abóbora, rim, travesseiro, ovos moles, salame (é um doce), rabadas, pata de viado, palmas, castanha de ovos, cavacas, etc, etc, etc, etc, etc,(são muitos, não consigo lembrar o nome de todos).

A maioria tem como base ovos, acúcar e leite e com raras exceções são uma delícia.

E dentro dessa peregrinação de pastelaria e doces, elegi uma como a melhor:

É a pastelaria e confeitaria Avenida. Fica na Avenida Dr. Lourenço Pixinho, 86 na cidade de Aveiro.

Chegando lá, além de ser um lugar muito aconchegante, encontrará uma vitrine com mais de 50 tipos de doces e se ficar em dúvida no que comer é só pedir para chamar a D. Maria do Carmo (que trabalha lá há 39 anos) e ela com toda a paciência do mundo lhe explicará do que são feitos os doces e contará segredos que os tornam tão deliciosos.

Beijos!!

Nazaré

Nazareth é uma cidade turística litorânea cerca de 30 km de Caldas da Rainha e, estando em Portugal, merece sua visita.
Antigamente era uma cidade excencialmente pesqueira, mantendo ainda essa caracterísica, no entanto atualmente destaca-se pelo Turismo.
Primeiramente sua praia é extensa e lindíssima e também "bomba" no verão, atraindo turistas de toda Europa.

A cidade é dividida em duas: a Parte baixa e a parta alta, chamada de Sítio (aonde iniciou a cidade), sendo que existem mirantes que proprocionam um visual incrível da parte baixa da cidade e de todo o litoral.

A parte baixa e a parte alta são ligadas por ruas e, principalmente por um funicular inusitado. São dois bondes que enquanto um sobe, o outro desce, existindo inicialmente um único triho, quando ao chegar no meio do percurso, esse trilho se desdobra em dois e, após cruzarem-se os bondes trocam de trilhos. Muito curioso.

Além disso, o farol da cidade, que fica na parte alta, está localizado em um local muito bonito que, além de ser um mirante que proporciona lindas paisagens, acaba sendo um local a ser adimirado também.

No entanto, o mais pitoresco de Nazareth são os seus moradores mais antigos, chamados de Nazarenos e Nazarenas. Eles vestem-se de uma forma muito tradicional: Os homens em geral com roupas escuras e com chapeú na cabeça e as nazarenas com uma famosa saia rodada que falam que é feita de sete tecidos sobrepostos, com um "meião" colorido e lenços na cabeça. Elas são os principais atrativos da cidade, o tempo todo as pessoas as param e pedem para tirar fotos (eu não fui execeção).

E como último local visitado de Portugal e desta viagem, posso dizer que, assim como em Salamanca foi muita sorte fechar a viagem conhecendo um local como Nazareth.
beijos.

Caldas da Rainha

De volta a Portugal, e preparando as malas para voltar, finalmente fui conhecer um pouco melhor Caldas da Rainha. A princípio é uma ciadade sem muitos atrativos, mas, olhando mais de perto descobre-se algumas particularidades que merecem destaque.

Uma delas, é uma praça(esqueci o nome da praça) onde, diariamente, ao ar livre, vendem-se frutas, legumes, verduras, etc, como se fossem nossas feiras livres, sendo que me falaram que é a única "feira" nesses moldes em Portugal e que frente à sua tradição ninguém consegue tirá-la de lá.

Engraçado foi depois de conhecer iuúmeras grejas monumentais , catedrais suntuosas e até mesquitas, encontrei em Caldas da Rainha a mais pitoresca de todas: a igreja de Nossa Senhora do Pópulo.

Ela é pequena, tem um "chapeú de bruxa" na sua torre, juntamente com relógios desproporcionais(até então não tinha visto igrejas com relógios) e tem os sinos bem expostos. Em suma, parecido com nada que eu tenha visto em toda a viagem (a não ser que eu não tenha prestado atenção). Perguntei de que época era, mas não me souberam informar, mas um cara lá chutou uns 500 anos e também não consegui descobrir quem foi N.Sra. do Pópulo (além de tudo, nome pitoresco também).

Caldas da Rainha também é famosa pelo seu artesanato de cerâmica. Estive em algumas lojas que vendem esse artesanato, mas os preços proibitivos não me deixaram trazer nenhuma. Existe até um museu destinado a esta cerâmica, no entanto, não o visitei.

Ainda, em Caldas da Rainha, encontramos a Escola de Sargentos do Exército, de valor tão somente histórico, uma vez que de lá que sairam os primeiros movimentos que culminaram na Revolução dos Cravos, que depôs o regime ditatorial que vigorava em Portugal até 1974.

Beijos

A lenda de Salamanca

Como comentei na outra postagem, Salamanca é uma cidade encantadora. E lá existe também uma lenda encantadora.

A fachada da Universidade de Salamanca (prédio que data de 1500 e alguma coisa) é incrustada de detalhes, dos mais variados tipos e tamanhos. Dentre esses detalhes, encontra-se uma rá postada sobre um crânio. Falam que o aluno que a localizar sem o auxílio de ninguém, conseguirá ir bem nas provas e se não achar não conseguirá ir bem nas provas. Se não é estudante, basta fazer um pedido e, se localizar a rá esse pedido será atendido.

Ninguém sabe explicar o motivo da rá postada sobre o crânio. Acham que talvez seja o símbolo de alguma sociedade secreta da época.

Eu localizei a rã. (está ai a prova, com um zoom daqueles). Quem quiser ter um pedido atendido basta aumentar a foto da fachada da Universidade que está ai em cima e localizar a rã.(na segunda foto é mais fácil procurar e com paciência dá para localizar).

Beijos e boa sorte!

Salamanca e seu encanto

Tive a oportunidade de fechar o meu pequeno giro pela Espanha com chave de ouro.
Salamanca é incrível. Suas construções das mais variadas épocas nos fazem pensar que a cidade é um monumento em si. A casa das Conchas, a antiga e a nova catedral, o Palácio de La salina, a fachada da Universidade, dentre outros e, principalmente sua Plaza Mayor.
Vi muitas praças, muitos locais, muitas edificações, no entanto, a Plaza Mayor de Salamanca com seu enorme centro, com seus prédio e a "energia" das pessoas que lá transitam a tornam mágica.
Juntando essa arquitetura incrível, com suas histórias, suas lendas (depois falo de uma, a mais fascinante) e, principalmente seu cosmopolitismo (nossa!! será que existe essa palavra?), uma vez que atrai estudantes de todo o mundo, a tornam a mais encantadora das cidades que conheci.
E não estou dizendo que ela é mais bonita, a mais cheia de histórias, a de melhor qualidade de vida, charmosa ou qualquer outro adjetivo mais direto. Ela é encantadora e muitas vezes por mais que se queira explicar, como tentei, não existe muita explicação para esse encanto.
E com essas poucas palavras elejo Salamanca como o símbolo desta viagem e de todas as cidades que conheci e que espero um dia voltar, esta é uma que com CERTEZA voltarei.
Beijos

Burgos e a história

Burgos, como outras é uma cidade com muita história e onde se respira história, com muuuuuuuuitos atrativos e locais de visitação.

Primeiramente destaco que como Burgos faz parte do caminho de Santiago de Compostela e, dentro da cidade existe um trecho de mais ou menos um quilômetro demarcado, e, uma vez que fiz esse pequeno trajeto, se um dia fizer o caminho de santiago, posso pular esse trecho...hahahahaha.

Em Burgos encontramos ainda, uma vez que era uma cidade muralhada, muitas ruinas dessas muralhas, sendo que alguns portais desseas muralhas encontram-se lá e são construções soberbas.

A catedral de Burgos merece destaque. Não consegui uma boa foto dela frente ao seu tamanho, mas também, impressiona pelo tamanho e beleza.

Ainda, outro destaque é sobre o castelo de Burgos. Como a Europa passou por inúmeras guerras, quando Napoelão invadiu Burgos, praticamente colocou o castelo abaixo, restando somente ruínas.

Assim, um grupo pretendia a reconstrução do castelo e outro entendia que ele deveria ficar como estava, no sentido de mostrar a história como ela realmente aconteceu.

Ao final, venceu o grupo que queria manter somente as ruínas. Desta forma, o castelo encontrava-se fechado, sendo preparado para visitações de suas ruínas não sendo possível eu conhecê-lo, mas achei fantástica essa postura como forma de apresentar a história.

No entanto, fora das ruínas das muralhas do castelo, exite o mirante do castelo, que achei o mais original que conheci até então.

Primeiramente, no chão do pátio do mirante, existe uma bonita rosa dos ventos, indicando a direção de diversas cidades, como por exemplo Lima, que fica na direção Sudoesta a uns 12.000km (só lembro dessa).

Mas o mais interessante é um painel que fica na sacada do mirante, no qual existe a representação de cada ponto a ser apreciado na cidade, muito original mesmo. (tem um vídeo ai).

Ah, destaco também um prédio que conheci no qual Cristóvão Colombo foi recebido pelos reis da Espanha quando do retorno de sua segunda viagem à América. Atualmente é a sede de um banco.

Em suma, em burgos vc sente a história.

Beijos, e um dia voltoa para ver as ruínas do Castelo de Burgos e sentir mais da história.

Valdezcaray e a frieza européia. frieza???????

Valdezcaray é uma estação de esqui que fica perto da cidade de Ezcaray, que fica perto de Santo Domingo de la Calzada, que fica perto de algum outro lugar, ou seja, um pouquinnho longe, na província de la Rioja, principal área vinícola da Espanha. No entanto, troquei conhecer as vinícolas da região por um pouco de adrenalina e fui descer montanhas de snowboard.

Minhas habilidades de snowboarder já são conhecidas por todos (quem vê, pensa), após 02 pequenas temporadas na Argentina (esse ano tem mais).

Fiquei contente com meu desempenho, pois tomei somente 03 tombos(escorregão como o do vídeo não conta), mas um deles veleu por uns 5 pois acho que de onde comecei a cair até onde parei deve ter dado uns quase 100 metros (deu para calcular pois meu gorro ficou longe pra caramba de onde afinal parei).

Mas na minha passagem por Valdezcaray, pouco importou meu desempenho. o principal foi conviver com a frieza dos europeus.

Até a presente postagem, me abstive de maiores comentário acerca de pessoas que porventura conheci (muitas), de comportamentos, de cultura, etc. focando somente os passeios e locais por onde passei.

Em um geral não tenho do que me queixar de portugueses e espanhóis - não sei como é um pouquinho mais para lá (franceses, alemães, ingleses, etc.) - todos muito receptivos e atenciosos.

No entanto não posso deixar de consignar, em especial, o comportamento frio de um grupo de 07 amigos que conheci a caminho da estação.

Primeiramente, ao pedir informação acerca de onde alugar equipamentos para usar, só faltaram me levar dento da loja e alugarem para mim.

Depois, já na estação, o que era um gurpo de 07 amigos, de pronto, e naturalmente, se transformou em um grupo de 08 amigos, sendo que todos, sem exceção falavam e conversavam comigo como se me conhecessem há muito tempo, brincando e se divertindo com o mínimo que acontecesse.

Ainda, como era aniversário de um deles (mike), rolou uma mini-festa com direito a champagne e tudo e lógico que eu estava convidado.

E assim foi o dia em Valdezcaray, de muita diversão: Cada foto era uma festa; cada tombo, uma vez passado o susto, uma festa; a manobra deu errado, outra festa, ou seja, um dia de festa e ainda muita conversa com todos(principalmente para matarem as curiosidades do Brasil) e de muita alegria, me fazendo sentir como se estivesse no Brasil entre os meus amigos mais próximos.

Me senti incomodado com toda essa frieza européia.

Como escrevi acima, pouco citei pessoas e nomes, no entanto, não posso deixar de agradecer a Xavi, Sérgio, Mike, Jonathan, outro Sérgio, e me desculpem os outros dois, mas esqueci o nome, o dia em Valdezacaray.

Um abraço a todos e parem com essa frieza.