No deserto do Saara

Finalmente chegando a Zagoura, tem-se a oportunidade de conhecer o deserto e um pouco, mas bem pouco mesmo, do que vem a ser viver no deserto. Primeiramente como tem que ser, no deserto desloca-se com camelos e, lógico que assim que fui conhecer o deserto. Após uma pequena jornada de mais ou menos duas horas sentado em cima de um camelo (a bunda já estava doendo para caramba) ao final do dia chega-se a um acampamento Tuareg, sendo de antemão previsto que passaria a noite lá.

O Acampamento era dividido em cinco tendas, sendo uma para guardar mantimentos e cozinha, 02 para quem vivia lá e outra duas para visitantes, uma vez que é comum eles receberem turistas.

Após acomodar-se, descansar um pouco e situar-se (demora um pouco para cair a ficha do finzão de mundo que se está), logo é servido o jantar. Bebe-se muito chá e a comida é carne, legumes e pão. Após o jantar foi acendida uma fogueira e os Tuaregs ficam cantando suas músicas.

Por fim, veio a hora de domir. E ai só tenho a dizer que a experiência de dormir no deserto foi “punk”. Que frio!!!!! Dormi (tentei) dentro da tenda com calça, 02 blusas, meias, luva, dois cobertores grossos e não foi o suficiente para me proteger do frio. Bêbado de sono eu queria entender por onde o frio chegava até mim, parecia que tinha um buraco nos cobertores e que estava sem roupas, cheguei a procurar os buracos nos cobertores e várias vezes me certifiquei que estava trajado, pois era a única explicação para tanto frio. Não encontrei nenhum buraco nos cobertores e estava com roupas. O único jeito foi usar o psicológico para conseguir dar alguns cochilos. A noite foi longa.

Mais surpreendente foi ao amanhecer saber que parte dos Tuaregs tinham dormido fora das tendas. Ai descobri que a roupa que usam tem exatamente a finalidade de manter a temperatura do corpo constante, ou seja, durante o dia não passam calor em demasia e à noite estão protegidos do frio.

No entanto, fiquei pasmo em ver que estão o tempo todos descalços.
Após o café da manhã, monta-se nos camelos novamente e começa o retorno.
Como falei, deu somente para ter uma pequena idéia do que é o deserto e o que é viver no deserto. Um dia volto para fazer uma jornada de uns 10 dias deserto adentro e preparado para o frio. Quem estiver afim é só falar para combinarmos de vir juntos.

Vou ficar devendo mais fotos, pois a bateria da máquina acabou e, acreditem, tive a ingenuidade de perguntar se havia algum lugar para recarregar(se eu ficar sabendo que alguém deu risada vai se ver comigo depois).

Beijos