Em Marrakech

Pós o apagão marítimo e o Eid Kibr, finalmente cheguei a Marrakech.

E já digo de antemão, tudo o que lerem aquí será pouco para ter uma idéia do que realmente é Marrakech. Como todos os lugares, o ideal é conhecer pessoalmente e Marekech mais do que qualquer outro. No entanto, tentarei passar alguma
Marrakech é uma cidade situada a mais ou menos 250 km de Casablanca, que é a principal cidade do Marrocos, interior adentro. É dividida em duas: Uma Marrakech é que está fora da Medina, com avenidas amplas, arborizadas, limpas, com inúmeros hotéis de luxo, prédio moderníssimos, ou seja, lindíssima. A outra Marrakech que está dentro da Medina (dentro das muralhas), com ruas estreitas, escuras, sujas, molhadas, com casas grudadas umas nas outras, em suma muito feia, mas a que realmente interessa.

Nesta Marrakech encontramos a Praça Jamal Fnal, onde vê-se de tudo: Cantadores de serpentes, adestradores de macacos, inúmeras pessoas com os mais variados trajes típicos, vendedores de dentaduras usadas (é só experimentar, se ficar boa, paga e leva), videntes, artistas de rua, tatuadoras de henna, barracas de sucos de frutas, barracas e mais barracas de comidas típicas e uma multidão de pessoas se dirigndo aos Socks que ficam ao final da praça.
Os socks são as ruas de comércio de Marrakech. São dezenas e dezenas de ruas formando um verdadeiro labirinto do qual não consegue-se retornar sem perguntar como chegar â praça novamente e são centenas e centenas de lojas que vendem de tudo. Imagine a nossa 25 de março em ruas de mais ou menos 04 metros de largura desdobrada em várias outras ruas menores. Finalmente para completar isso, milhares e milhares de pessoas. Uma verdadeira loucura.

Ali compra-se roupas, sapatos, chinelos, túnicas, adagas, vasos, cinzeiros, doces, lustres, todos os temperos possíveis e imagináveis, azeitonas, artesanato, ou seja, muita coisa, mas muita coisa

mesmo.

O comportamento dos comerciantes é muito peculiar. Nada tem preço. Ao perguntar o preço de alguma coisa, passam o preço pelo menos umas dez vezes mais do que vale e tem-se que negociar. Sendo, por exemplo que uma túnica com preço inicial de 900 dihrans (moeda local) sai por 100. Eles passam o preço e basta dizer que achou caro que no momento seguinte o preço cai um terço e se continuar achando caro, tem que falar quanto está disposto a pagar e assim se vai até se fechar negócio ou não. Mas um aviso nunca faça somente uma oferta. Se ñ aumentar seu preço inicial eles ficam ofendidos. Em suma, não basta fazer a compra e venda. Pechinchar, barganhar ou negociar tem que estar incluso no comportamento do comerciante e do comprador. Vá com o espírito preparado.

O trânsito de Marrakech é outra coisa que merece destaque. Boa parte da população se desloca de bicicletas e, principalmente por mobiletes (quem lembra????). Essas mobiletes estão em todo lado e tem prioridade sobre os demais veículos. É muito comum vê-las atravessando a rua na perpendicular, como se fossem pedestres, além de andarem nas praças, calçadas e até nos socks um pouco mais largos. Ë engraçado e curioso ver o trânsito de Marrakech, principalmente ao final da tarde.

Interessante também é a quantidade de turistas que se vê na cidade. São milhares. Todos atraídos pelo fascínio de conhecer essa cidade lendária.
Acho que escrevi muito e mesmo assim está longe do que é Marrakech em Marrakech. Conheçam, ñ vão se arrepender.

Beijos